Como a pessoa que adoece costuma reagir aos sintomas?

A esquizofrenia pode reduzir a motivação de tal forma que os pessoas com esquizofrenia, tornam-se menos capazes de trabalhar ou participar de atividades livres. Podem perder o interesse por atividades diárias e em casos extremos são incapazes de cuidar de sua higiene pessoal ou de se alimentar. Indecisão, negativismo e passividade podem aparecer, misturados com impulsos súbitos.

A pessoa com esquizofrenia altera seu entendimento do mundo na tentativa de explicar o que está vivendo. Como as experiências são incomuns, as explicações frequentemente também são estranhas. É difícil explicar para alguém o fenômeno de ouvir vozes, a sensação de estar vazio ou de ser inexistente.

As pessoas que já apresentavam dificuldades de relacionamento antes da doença ficam mais isoladas e muitas vezes envolvidas em suas fantasias. Podem imaginar que outras pessoas tentam prejudicá-las, que não estão interessadas nelas ou querem criticá-las.

A experiência de estar “louco” é uma das mais dolorosas e solitárias. Quando os pensamentos tornam-se desorganizados, as decisões estão bloqueadas e emoções estranhas e inesperadas afloram, a pessoa afligida por essas vivências costuma sentir que a mente está preparando armadilhas.

A experiência de perda de controle da própria mente é assustadora. Essa vivência da psicose frequentemente faz com que a pessoa mude o conceito a respeito de sua própria mente e passe a duvidar de seu pensamento, de suas sensações ou a temer o próprio comportamento, mesmo quando tudo volta ao normal. Uma pessoa que tenha tido alucinações auditivas, por exemplo, poderá, temporariamente ou permanentemente, não ser capaz de reagir normalmente aos sons estranhos e ocasionais que podem ser ouvidos em locais e horas não esperados, mesmo que tenha consciência de que aquelas vozes que escutou são sintomas de uma doença e podem ser controladas.