Perguntas Frequentes:
O que é a esquizofrenia?
Esquizofrenia é uma doença grave, complexa, intrigante e sua causa ainda não é conhecida. As manifestações da esquizofrenia são muito variáveis. No geral as pessoas com esquizofrenia apresentam períodos em que têm dificuldade de distinguir o real do imaginário. Podem vivenciar mudanças na sua forma de pensar e sentir, prejudicando suas relações afetivas e seu desempenho profissional e social.
A esquizofrenia é uma doença que acarreta grande carga de sofrimento para a pessoa, sua família e amigos. Quanto antes for iniciado o tratamento melhor será sua evolução, mas frequentemente é necessário que o acompanhamento se dê para toda a vida.
Quais são as pessoas atingidas?
A esquizofrenia tem início na adolescência e começo da vida adulta (15 a 25 anos). Embora a frequência seja igual entre os sexos, pode começar mais tardiamente nas mulheres. Raramente os sintomas aparecem antes dos 12 anos de idade ou depois dos 40.
A esquizofrenia é uma doença relativamente comum. Afeta em torno de 1% da população mundial.
O que causa a esquizofrenia?
Ainda não se conhecem as causas exatas da esquizofrenia. Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante, pois pessoas que têm um familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença, mas ainda não se conhecem os genes envolvidos.
Em gêmeos idênticos, se um dos irmãos tem a doença, em 50% dos casos o outro irmão também a terá. Isto mostra a importância dos fatores genéticos, mas também que apenas a carga genética não é suficiente para a manifestação da doença, pois ocorrem casos de esquizofrenia em famílias que não tinham histórico da doença.
Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa tendência, mas o problema só aparece se forem expostas a determinados fatores ambientais.
Não existe um consenso sobre quais seriam os fatores ambientais envolvidos, mas estudos sugerem que infecções durante a gravidez e complicações no parto podem contribuir para que uma criança nasça com uma vulnerabilidade para a esquizofrenia e venha a desenvolver a doença em um estágio posterior do desenvolvimento.
Em décadas passadas foi dada importância muito grande a teorias que sugeriram ser a esquizofrenia resultante de relações familiares (mais especificamente mãe-filho) doentias. Estas teorias nunca foram comprovadas, mas contribuíram para estigmatizar as famílias e influenciaram negativamente as relações entre profissionais e familiares gerando barreiras de comunicação e impedindo a criação de estratégias de colaboração no contexto de tratamento.
Como se manifesta a esquizofrenia?
Os sintomas são variados e podem aparecer subitamente, mas comumente a doença leva meses ou anos para se manifestar. Inicialmente os sintomas podem não ser evidentes e muitas vezes são confundidos com oscilações próprias da adolescência ou com outras doenças psiquiátricas como, por exemplo, depressão.
Os indivíduos começam a perceber que há algo estranho, mas muitas vezes são incapazes de contar para seus familiares. Podem relatar que estão mais tensos, tendo dificuldade de concentração ou para dormir, começam a se isolar das pessoas, não conseguem mais ficar com os amigos e param de estudar ou trabalhar.
Com a progressão da doença, aparecem os sintomas mais característicos. Estes são usualmente denominados sintomas agudos ou psicóticos e envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial e do comportamento.
Quais são os sintomas mais comuns na esquizofrenia?
s sintomas mais comuns da esquizofrenia envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial, do comportamento e do afeto. Um ou mais destes sintomas podem estar presentes em uma pessoa com esquizofrenia. No entanto é importante ressaltar que outras doenças também podem apresentar alguns destes sintomas e um diagnóstico final só poderá ser feito por um profissional habilitado.
Transtornos do Pensamento
Os transtornos do pensamento envolvem delírios e alucinações. Delírios são crenças não verdadeiras, baseadas em um julgamento incorreto sobre a realidade exterior, apesar de provas e evidências contrárias. A pessoa pode sentir que seus pensamentos são influenciados, controlados, inseridos ou transmitidos por algo exterior fora de seu controle. Os eventos normais do dia a dia passam a ter significado diferente. O delírio pode levar a pessoa a acreditar que estão sendo perseguidas, que têm dotes ou poderes especiais, como controlar o tempo ou se comunicar com extraterrestres.
Alucinações são falsas percepções na ausência de um estímulo externo, mas com as qualidades de uma verdadeira percepção, isto é, a pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não estão realmente ali. As alucinações podem ser auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas ou uma combinação de todas. As auditivas são as mais comuns e podem ocorrer na forma de barulhos, músicas ou mais frequentemente como vozes. Estas vozes podem ser sussurradas, ou claras e distintas, podem falar entre si ou ser uma única voz. Podem comentar o comportamento da pessoa e às vezes podem dar ordens. As alucinações visuais levam a ver distorções de imagens ou aparecimento de pessoas e coisas que só ela vê, podendo estabelecer contato e diálogo com essas pessoas e coisas inexistentes. Além disso uma pessoa com esquizofrenia pode sentir cheiros ou gostos ruins ou ter a sensação de ser tocado ou picado, como se insetos estivessem rastejando sobre a pele.
Distúrbios formais do pensamento
Os pensamentos saltam de um tópico a outro, às vezes sem conexão aparente. A pessoa pode criar palavras novas, substituir palavras por sons, rimas e repetir sílabas. Podem ocorrer interrupções na sequencia de pensamentos (bloqueios de pensamento). Quando o pensamento fica muito desorganizado ou fragmentado, a fala torna-se incoerente e incompreensível.
Alterações no comportamento
Apresentam-se como diminuição de iniciativa, transtornos motores e alterações no comportamento social. A pessoa pode ficar parada por um longo período de tempo ou se engajar numa atividade repetitiva e aparentemente sem finalidade. Os extremos podem incluir o estupor catatônico – situação na qual o paciente fica imóvel por um período longo, ou o excitamento catatônico, onde o indivíduo apresenta atividade motora incontrolável e sem objetivo. Outras alterações motoras são estereotipias (movimentos repetidos sem objetivo aparente) e maneirismos (atividades normais, mas fora de contexto).
Geralmente a deterioração do comportamento social ocorre junto com o isolamento social. Algumas pessoas com esquizofrenia comportam-se de forma estranha ou transgridem regras sociais (por exemplo, despem-se em público). Podem fazer gestos estranhos, expressões faciais impróprias ou caretas e assumir posturas estranhas sem qualquer objetivo aparente. Podem ser encontradas nas ruas marchando, falando alto e gesticulando. Os indivíduos podem negligenciar seus cuidados pessoais, vestir roupas sujas ou inapropriadas e descuidar de seus pertences. Esse descuido com a higiene pessoal e comportamentos excêntricos podem dificultar ainda mais a aproximação de familiares, amigos e estranhos. Ao mesmo tempo, tal situação corrobora a certeza, por parte destas pessoas com esquizofrenia, de que as pessoas não gostam deles, acentuando o isolamento social.
Alterações no afeto
A diminuição da resposta emocional já foi considerada um sintoma característico da esquizofrenia. Em casos mais graves, os indivíduos tornam-se indiferentes ou apáticos, evitam o contato com olhar, apresentam ausência na modulação da voz, mudanças na expressão facial e os movimentos espontâneos e os gestos expressivos podem estar diminuídos. Com frequência referem uma perda na capacidade de sentir prazer e podem descrever-se como vazios de emoção.
Como a pessoa que adoece costuma reagir aos sintomas?
A esquizofrenia pode reduzir a motivação de tal forma que os pessoas com esquizofrenia, tornam-se menos capazes de trabalhar ou participar de atividades livres. Podem perder o interesse por atividades diárias e em casos extremos são incapazes de cuidar de sua higiene pessoal ou de se alimentar. Indecisão, negativismo e passividade podem aparecer, misturados com impulsos súbitos.
A pessoa com esquizofrenia altera seu entendimento do mundo na tentativa de explicar o que está vivendo. Como as experiências são incomuns, as explicações frequentemente também são estranhas. É difícil explicar para alguém o fenômeno de ouvir vozes, a sensação de estar vazio ou de ser inexistente.
As pessoas que já apresentavam dificuldades de relacionamento antes da doença ficam mais isoladas e muitas vezes envolvidas em suas fantasias. Podem imaginar que outras pessoas tentam prejudicá-las, que não estão interessadas nelas ou querem criticá-las.
A experiência de estar “louco” é uma das mais dolorosas e solitárias. Quando os pensamentos tornam-se desorganizados, as decisões estão bloqueadas e emoções estranhas e inesperadas afloram, a pessoa afligida por essas vivências costuma sentir que a mente está preparando armadilhas.
A experiência de perda de controle da própria mente é assustadora. Essa vivência da psicose frequentemente faz com que a pessoa mude o conceito a respeito de sua própria mente e passe a duvidar de seu pensamento, de suas sensações ou a temer o próprio comportamento, mesmo quando tudo volta ao normal. Uma pessoa que tenha tido alucinações auditivas, por exemplo, poderá, temporariamente ou permanentemente, não ser capaz de reagir normalmente aos sons estranhos e ocasionais que podem ser ouvidos em locais e horas não esperados, mesmo que tenha consciência de que aquelas vozes que escutou são sintomas de uma doença e podem ser controladas.
Como se diagnostica a esquizofrenia?
Não existe um exame laboratorial que seja capaz de identificar a esquizofrenia. O diagnóstico permanece inteiramente dependente do julgamento clínico médico, através de uma entrevista psiquiátrica cuidadosa com o paciente e seus familiares. Como não existem sintomas específicos da esquizofrenia, os médicos se baseiam em critérios diagnósticos para estabelecer o diagnóstico. No Brasil, utiliza-se principalmente os critérios estabelecidos pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial da Saúde.
O diagnóstico da esquizofrenia pode levar algum tempo para ser efetuado. É preciso que o médico seja cuidadoso e certifique-se de que não se trata de algum outro transtorno ou doença de base orgânica. Outras causas possíveis para os sintomas apresentados devem ser investigadas.
Qual é o tratamento da esquizofrenia?
O tratamento da esquizofrenia idealmente deve envolver vários profissionais trabalhando em equipe. É muito importante assegurar que o paciente faça o tratamento. Muitos pacientes abandonam o tratamento devido às ideias de perseguição, à falta de consciência sobre a doença e ao desconforto com os efeitos colaterais das medicações.
Outro fator que contribui para o abandono do tratamento é a desesperança, a vergonha e o preconceito decorrentes do estigma associado à doença.
Quais são os tratamentos com medicamentos?
A medicação é o alicerce principal do tratamento da esquizofrenia. Ela tanto controla a crise como ajuda a prevenir recaídas. A medicação prescrita atua nos sintomas, por isso os medicamentos mais importantes para o tratamento da esquizofrenia são os antipsicóticos (antes chamados de neurolépticos).
Existem antipsicóticos de primeira e segunda geração. Os de primeira geração, também denominados de “típicos”, são medicações desenvolvidas entre 1955 e 1980. Eles atuam principalmente sobre os chamados “sintomas positivos” (alucinações e delírios). Os mais comuns são: Haloperidol (Haldol), Tioridazina (Melleril), Trifluoperazina (Stellazine) e Pimozida (Orap).
Os antipsicóticos de segunda geração, ou “atípicos”, são medicamentos desenvolvidos após 1990. É um grupo heterogêneo de drogas antipsicóticas que produzem pouco ou nenhum sintoma extrapiramidal (tremores) como efeito colateral. Parece que também atuam nos sintomas negativos, melhorando o retraimento social e o embotamento afetivo. Isto ocorre porque eles são mais seletivos – agem na parte do cérebro que causa os sintomas psicóticos e não na parte que controla os movimentos musculares normais. Como estas medicações produzem menos efeitos colaterais, parecem que melhoram a adesão do paciente ao tratamento. Com isto, previnem as recaídas, melhorando o prognóstico da doença. Os mais comuns são: Clozapina (Leponex), Risperidona (Risperdal), Olanzapina (Zyprexa), Quetiapina (Seroquel), Ziprasidona (Geodon) e Aripiprazol (Abilify).
O tratamento medicamentoso da esquizofrenia tem duas fases importantes e distintas: aguda e manutenção ou profilática. A fase aguda envolve a tentativa de aliviar os delírios, alucinações, alterações formais do pensamento e do comportamento. Após a remissão dos sintomas, diminui-se a dose e avalia-se a necessidade de tratamento de longo prazo com antipsicóticos. Se a medicação for suspensa, o médico deve estar atento a algum sinal de recaída e, em caso de nova crise psicótica, a medicação deve ser introduzida por tempo indefinido.
A fase de manutenção pode exigir de pessoas com esquizofrenia a necessidade de cuidados médicos e medicação pelo resto de suas vidas. As medicações antipsicóticas não curam a esquizofrenia, somente controlam os sintomas da doença. Ou seja, se o paciente deixar de tomar a medicação pode sofrer uma recaída. Algumas pessoas, mesmo tomando a medicação regularmente, podem ter uma recaída dos sintomas psicóticos. É muito importante que elas possam reconhecer que estes estão voltando e procurar ajuda imediatamente. Antes do aparecimento de sintomas, como delírios ou alucinações, é comum aparecer sintomas menos específicos como irritabilidade, insônia e depressão. Os familiares devem estar atentos a mudanças sutis que possam ocorrer com seu doente, pois a intervenção médica precoce pode impedir a recaída.
Enquanto esta necessidade de tratamento por longo tempo é bem reconhecida pelo médico, isto frequentemente não é bem aceito pelo paciente. Por essa razão, eles podem ser inconstantes em relação à medicação. Interrompem porque se sentem bem e não veem motivo para continuar tomando o remédio, já que não se sentem doentes. Muitas vezes também interrompem a medicação porque os efeitos colaterais são muito desagradáveis.
Em alguns casos, a introdução dos antipsicóticos de ação prolongada, de uso injetável, é uma alternativa para possibilitar maior adesão destes portadores ao tratamento, pois a aplicação pode ter um espaço de semanas.
O que são intervenções psicossociais?
Os tratamentos psicossociais são vários tipos de intervenções destinadas a melhorar a qualidade de vida dos portadores e de seus familiares, através de intervenções terapêuticas e de apoio que visam a recuperação do relacionamento social.
As intervenções psicossociais devem oferecer informação, apoio e terapia através de vários tipos de serviços e técnicas, tais como: psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, grupos de convivência, suporte vocacional, programas de trabalho, moradia assistida e intervenções familiares. Assim como a medicação, o tipo de tratamento psicossocial deve ser indicado de acordo com as necessidades do indivíduo. Esta necessidade depende da fase da doença, do paciente, de sua condição familiar e de sua moradia.
Qual a importância da participação da família e dos amigos para o tratamento e recuperação na esquizofrenia?
Familiares e amigos são a principal rede de apoio para as pessoas com esquizofrenia. Em geral, são os primeiros a notar que algo está errado com a pessoa doente. A família e amigos dos indivíduos com esquizofrenia têm que se adaptar e lidar com o parente doente no dia a dia, desenvolvendo estratégias para cada situação diferente. Não existe um padrão de conduta a ser adotado e nem um modo “normal” de reagir. Cada família desenvolve individualmente maneiras de funcionar com a doença e cada indivíduo da família se adaptará diferentemente.
Os familiares também necessitam de ajuda e suporte para si mesmos. A tarefa de cuidar e viver com alguém com esquizofrenia não é fácil e pode ser muito desgastante. Conhecer ou conversar com pessoas que também estejam passando por situações semelhantes reduz o isolamento, possibilita troca de experiências e, consequentemente, proporciona maior apoio e conforto.
Os familiares podem se tornar um grupo com poder para requisitar investimentos em pesquisa e programas para esquizofrenia, atuando nas organizações de defesa de seus direitos. São importantes também para levantar fundos para organização de grupos de apoio mútuo.
Qual é a evolução da esquizofrenia a longo prazo?
O curso e a evolução da doença não são estabelecidos no início da doença. Na avaliação do prognóstico considera-se a presença de fatores que possam facilitar ou impedir a recuperação do indivíduo.
Os fatores mais citados como influentes nos cursos e evolução da esquizofrenia são: fatores genéticos e orgânicos, eventos que ocorrem na infância e adolescência, desenvolvimento e relacionamento psicossocial antes da doença, classe social e fatores socioculturais, estado civil, tipo e idade de início da doença, fator precipitante, sintomatologia, tratamento e ambiente familiar.
Alguns portadores da doença recuperam normalmente sua vida, outros ficam parcialmente prejudicados, tendo que se adaptar às restrições impostas pela doença e, ainda, outros são bastante atingidos com restrições severas. Não há uma regra e depende da conjugação dos diversos fatores apontados.
O sexo feminino parece estar associado ao melhor prognóstico na esquizofrenia. As mulheres necessitam de doses menores de medicação antipsicótica, são menos hospitalizadas, passam menos tempo internadas, têm menos recaídas e um melhor relacionamento social.
No curso da doença é frequente a pessoa apresentar depressão e isto se torna preocupante quando não está na fase aguda da crise, pois não consegue pensar com clareza e compreender melhor o que está acontecendo. O risco de suicídio aumenta muito neste período e é uma causa de morte importante na esquizofrenia, pois alguns levantamentos chegaram a apontar de 4% a 10% de suicídios entre os portadores da doença.
A pessoa com esquizofrenia é violenta?
Não, a pessoa com esquizofrenia não é mais violenta que a média da população, pois a violência está ligada à personalidade e à estória de vida da pessoa e não a ela ter esquizofrenia ou não. O único perigo é quando o portador está em crise ou surto sem medicação, mas mesmo neste caso a maior violência é contra ele mesmo, podendo chegar ao suicídio.
Como transferir a aposentadoria após a morte do cuidador para um parente com esquizofrenia?
Enquanto o cuidador é vivo (pai, mãe, irmão, etc), tem de comprovar vínculo de dependência econômica do portador. Usualmente, isso é feito através da declaração do Imposto de Renda e escritura pública declaratória de dependência econômica. Para efeito legal, no entanto, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos (Redação dada pelo Decreto no. 3.668, de 22/11/2000):
01) Certidão de nascimento de filho havido em comum;
02) Certidão de casamento religioso;
03) Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;
04) Disposição testamentária;
05) Declaração especial feita perante tabelião – escritura pública declaratória de dependência econômica (vide anexo);
06) Prova de mesmo domicílio;
07) Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;
08) Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
09) Conta bancária conjunta;
10) Registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado;
11) Anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
12) Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária;
13) Ficha de tratamento em assistência médica, da qual conste o segurado como responsável;
14) Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente;
15) Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou
16) Quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.
Anexo: Escritura Pública Declaratória de Dependência Econômica
SAIBAM quantos esta pública escritura virem que, aos XX dias do mês de YY do ano de ZZ (XX/YY/ZZZZ), nesta Cidade e Capital do Estado de São Paulo, no cartório do Tabelião de Notas, sito à ____, onde perante mim, _____, Escrevente, compareceu como outorgante, ____, brasileiro, casado, aposentado, portador da Cédula de Identidade RG no. ____, inscrito no CPF sob o no. ____, domiciliado e residente nesta Capital, na rua ___, O presente reconhecido como o própria do que trato por mim, Escrevente, à vista dos documentos de identidade acima mencionados, exibidos nos seus originais, do que dou fé. Então, pelo outorgante, foi declarado sob responsabilidade civil e penal que seu filho ___, trasileiro, solteiro, maior, portador da Cédula de Identidade RG no. ___, inscrito no CPF sob o no. ____, domiciliado e residente no mesmo endereço dele outorgante, é seu dependente econômico e financeiro, até a presente data. De como assim o disse, pediu-me eu lhe lavrei a presente escritura, a qual sendo feita lhe li em voz alta e clara, achou em tudo conforme, aceita, outorga e assina, dou fé. Eu, ___, ESCREVENTE a escrevi. Eu, ___, TABELIÃO SUBSTITUTO III, subscrevo ___. N-A-D-A M-A-I-S – TRASLADADA NA MESMA DATA. Eu, ____, TABELIÃO SUBSTITUTO III, subscrevo e assino em público e raso, dou fé.
EM TESTEMUNHO DA VERDADE
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TABELIÃO SUBSTITUTO III